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SAIBA MAIS SOBRE O DIREITO SISTÊMICO

O QUE É DIREITO SISTÊMICO?

CONCEITO DO DIREITO SISTÊMICO

Direito Sistêmico

“É a análise do direito sob uma ótica baseada nas ordens superiores que regem as relações humanas, segundo a ciência das constelações sistêmicas desenvolvida pelo terapeuta e filósofo alemão Bert Hellinger.” Sami Storch

O Direito Sistêmico é uma forma de olhar para toda a complexidade da situação e não apenas para o problema que desencadeou o conflito jurídico, embasado pelas leis sistêmicas, consegue se aproximar da origem da questão, com isso se pode assumir a própria responsabilidade e conduzir para a melhor solução.

A tomada de consciência da origem do conflito permite uma solução mais tranquila e satisfativa.

Assim, o uso do DIREITO SISTÊMICO no Judiciário permite uma maior celeridade na resolução dos conflitos porque a decisão da forma que será conduzida fica na mão das partes envolvidas.

O que acham disso?

Digo, dessa nova forma de olhar para o direito!

Desse enfrentamento da origem do problema e não apenas para o problema em especifico!

ESTOU EM CONFLITO, PRECISO ENTRAR NA JUSTIÇA, QUAL A VISÃO SISTÊMICA DO DIREITO?

BASE DO DIREITO SISTEMICO

A base do Direito Sistêmico está no sentido de olhar aquela situação de CONFLITO que é levada pelas partes ao advogado, ao Judiciário, além do que está realmente sendo exposto!

O que significa isso?

Significa olhar a origem do conflito!

De que forma?

Por meio das Leis sistêmicas, conhecidas, também, como Leis do Amor (pertencimento, hierarquia e equilíbrio), é possível ver como se construiu aquela RELAÇÃO CONFLITUOSA, seja de esposo/esposa; seja de empregado/empregador; seja de empresário/consumidor; ou seja, de qualquer tipo de relações humanas existentes, que no momento se manifesta por meio de uma demanda jurídica.

Qual benefício desse olhar um pouco mais amplo ao conflito?

O benefício é no sentido de tomarmos consciência de nossa própria postura que desencadeou a demanda; assumir, também, nossa parte como desencadeador daquela situação que espera uma solução; e com isso possibilitar uma resolução mais harmônica.

Então, qual o objetivo do Direito Sistêmico?

Facilitar a resolução das DEMANDAS JURÍDICAS trazendo uma maior clareza aos envolvidos no CONFLITO.

EU ME SINTO MUITO MAL NO MEU TRABALHO, O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

PERTENCIMENTO AO SISTEMA FAMILIAR DE ORIGEM

Como foi exposto no post anterior todo CONFLITO vem de relações humanas, seja de que tipo for: familiar, amorosa, amizade, profissional, comercial, etc.

ESTOU EM CONFLITO, PRECISO ENTRAR NA JUSTIÇA, QUAL A VISÃO SISTÊMICA DO DIREITO?

TODOS NÓS, sem exceção, viemos de um pai e de uma mãe que nos deram a vida, então, significa que pertencemos aquele sistema familiar por meio do qual chegamos a este mundo!

Não importa se fomos criados pelas pessoas que nos deram a vida ou não, continuamos pertencendo aquele sistema familiar, o nosso DNA pertence àquelas duas famílias, do pai e da mãe!

Com base em nossa história de vida, muitas vezes é difícil compreender isso.

PERTENCIMENTO AO SISTEMA ORGANIZACIONAL

A mesma coisa acontece quando começamos trabalhar em uma empresa, passamos a PERTENCER aquele Sistema Organizacional! E o que acontece quando não nos sentimos acolhidos e úteis na Organização que estamos trabalhando?

Pois é!

É esse sentimento que acabaram de experimentar que inicia os CONFLITOS dentro de uma empresa.

Nós precisamos nos sentir pertencentes para que possamos dar o melhor de nós! Como trabalhar isso dentro de uma ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL?

A forma principal é a CLAREZA!

Entender nosso papel e importância dentro de uma empresa é um fator de muita importância!

Entender como posso estar contribuindo para o SUCESSO da empresa que estou prestando os meus serviços é também de essencial importância e, por consequência, conseguimos aferir o nosso SUCESSO REAL!

A razão é: Quando sentimos pertencentes e úteis pelo papel desempenhado os CONFLITOS perdem a sua importância, porque estamos recebendo algo essencial para a natureza humana!

- FECHAMENTO DA LEI DO PERTENCIMENTO

Como já falamos, todas as pessoas pertencem ao seu sistema familiar de origem, depois que iniciam as novas relações, dentre elas, as nossas relações profissionais, nesse caso, também, pertencemos à organização que trabalhamos.

Lembrando ainda que continuamos pertencendo ao nosso sistema familiar de origem mesmo que não tenhamos sido criados pelos nossos genitores.

Uma situação que gera bastante conflito em qualquer tipo de relação é não se sentir pertencente ao sistema familiar, de forma que, todas as demais relações dessa pessoa também serão conflituosas.

Esta é a primeira lei das ordens do amor: Lei do Pertencimento!

HIERARQUIA AO SISTEMA FAMILIAR DE ORIGEM

A HIERARQUIA é a ordem de entrada no sistema familiar de origem, nossos avós, nossos pais, nossos irmãos, se não for o primeiro filho, vieram primeiro e merecem o seu lugar de ordem.

Temos uma ordem de entrada em nosso sistema familiar e esta ordem deve ser respeitada, já que viveram situações, quando ainda não estávamos nesse mundo, portanto, somos pequenos em relação a esse período.

Respeitar essa ordem, entender que não temos como suprimir esse período que viveram antes da gente, faz com que aquele que veio antes, que passou por coisas que nós não tivemos que passar, seja vistos e reconhecidos!

Desde que eu conheci esta lei, a segunda lei das ordens do amor, a Lei da Hierarquia, a Lei da Ordem, me pergunto:

SERÁ QUE SE EU TIVESSE O CONHECIMENTO QUE MEUS ANCESTRAIS TINHAM, SE TIVESSE PASSADO POR TUDO QUE ELES PASSARAM, EU TERIA FEITO DIFERENTE?

E, AINDA, SE EU NÃO ESTAVA LÁ, QUANDO TUDO ESTAVA ACONTECENDO, EU POSSO JULGAR AS SUAS ESCOLHAS?

Fazer essas perguntas e não ter respostas prontas e acabadas nos permite ser mais humanos e, também, nos deixa mais maleáveis para aceitar as nossas próprias escolhas e atitudes.

E, vocês, o que pensam da Lei da Hierarquia, a Lei da ordem dentro do sistema familiar?

HIERARQUIA DENTRO DO SISTEMA ORGANIZAÇÃO

No sistema organizacional esta lei se subdivide de duas maneiras: Pela ordem de entrada na organização e pela competência funcional:

Entender, respeitar, aquele que entrou na empresa depois de mim, mas que tem expertise diferente da minha, é obedecer a Lei da Hierarquia.

Da mesma forma, aquele que entra depois, que possui competência singular que os outros da empresa não possuem, mas que respeita aquele que veio antes por conhecer mais como funciona aquela empresa mais do que você que veio depois, também, é estar obedecendo a Lei da Hierarquia.

O que acontece quando não se observa a hierarquia organizacional?

CONFLITOS

De que forma esses CONFLITOS são percebidos?

Quando um desses participantes da empresa não respeita o valor do outro, não está obedecendo a Hierarquia, de forma que, geram sentimentos de falta de respeito!

Como a empresa resolve esse tipo de CONFLITO?

Novamente, é necessário estabelecer a CLAREZA!

Como os gestores da empresa fazem isso?

Reconhecer formalmente, comunicando a TODOS, de forma clara, que existe uma hierarquia de entrada na empresa e também de competência e que TODOS sejam respeitados a partir desse lugar!

O que acontece quando isso é comunicado com clareza dentro da Organização Empresarial?

Todos os que trabalham reconhece o seu próprio lugar, sente visto e respeitado dentro da empresa, o que também gera um sentimento essencial de paz que busca todos os seres humanos!

- FECHAMENTO DA LEI DA HIERARQUIA

Enfim, esta é a segunda lei do amor: a Lei da Hierarquia, da ordem, também, fundamento do Direito Sistêmico na resolução dos conflitos.

O desrespeito a essa lei gera sentimentos de revolta e raiva a todos os envolvidos, seja porque não teve respeitado o seu lugar dentro da empresa, seja porque não respeitou o seu papel que tenha se comprometido.

Por isso que muitas demandas jurídicas trabalhistas são levadas ao judiciário, não por infração às leis, mas pelo sentimento de desrespeito.

Se o sentimento de desrespeito é também do empregador, a tendência da demanda é tomar proporções ainda maiores e mais difíceis de serem solucionadas.

O que acham dessa Lei?

E, como você se percebe dentro da empresa que você trabalha?

A empresa que você trabalha, a Lei da Hierarquia é respeitada?

EQUILIBRIO NO SISTEMA FAMILIAR

O equilíbrio no sistema familiar de origem se dá de uma maneira diferente, recebemos a VIDA de nossos PAIS e o transmitimos para as próximas gerações e/ou em nosso trabalho, por exemplo.

De forma que, fazemos algo bom daquilo que recebemos, seja para nós mesmos, seja para os nossos filhos ou para outras pessoas que relacionamos!

Como não podemos repor a VIDA que recebemos dos nossos pais, então, o equilíbrio nunca pode ser atingido dessa forma, pela troca, todavia, o equilíbrio é percebido quando somos realizados plenamente, assim, podemos dizer que honramos o que recebemos do nosso sistema familiar de origem!

Como vocês veem essa Lei do Equilíbrio no seu sistema familiar?

EQUILIBRIO NO SISTEMA ORGANIZACIONAL

Em uma empresa, o equilíbrio é de troca, eu dou minha prestação de serviços e recebo a devida contraprestação! E, vice-versa.

Quando isso gera o CONFLITO?

Quando esse equilíbrio não é satisfeito! Quando sinto que estou sendo explorado ou quando sinto que estou pagando mais do que estou recebendo!

Como resolver a situação?

Novamente, relembro da CLAREZA!

Pode estar ficando chato apresentar sempre a mesma resposta, mas realmente não há como resolver os conflitos que não seja pela CLAREZA na comunicação!

Quando estamos satisfeitos com o que estamos entregando em nosso trabalho e com o que estamos recebendo e vice-versa, o equilíbrio acontece e o conflito se desfaz...

Encontrar esse EQUILIBRIO é um grande desafio dos Seres Humanos em geral, já que isso requer muita atenção, responsabilidade e compromisso! Nessa ocasião se faz necessário a empatia, a compaixão, a verdade!

EU ESTOU EM CONFLITO, COMO POSSO RESOLVER O PROBLEMA SEM MUITA BRIGA UTILIZANDO A VISÃO SISTÊMICA.

ADVOCACIA BASEADA NESSAS LEIS SISTEMICAS

Quando se atende o cliente, avaliando como foram empregadas as Leis Sistêmicas ou as Leis do Amor, é possível perceber os desequilíbrios, demonstrá-los aos integrantes daquela demanda, de forma que possam olhar o CONFLITO como observadores, tornando possível o aumento da consciência naquela situação em especifica, assumindo as próprias responsabilidades, facilitando por consequência a sua resolução!

Não se pode esquecer também nessa ocasião que estamos submetidos a uma legislação, estar em equilíbrio, é também respeitar essas Leis!

E você, como dono de uma demanda, gostaria de ser atendido por um escritório de advocacia que considera esse equilíbrio quando trabalha em um processo?

COMO FUNCIONA A ABORDAGEM SISTÊMICA NO DIREITO? QUAIS AS HABILIDADES QUE O PROFISSIONAL PRECISA TER PARA ATUAR DE FORMA SISTÊMICA? A OAB APOIA ESSA FORMA DE OLHAR O DIREITO?

PRIMEIRO JUIZ QUE INTRODUZIU O DIREITO SISTÊMICO NO BRASIL

O primeiro Juiz a introduzir a abordagem sistêmica no Brasil foi o Dr. Sami Storch, Juiz de Direito do Estado da Bahia, tendo inclusive criado a expressão do Direito Sistêmico.

O Dr. Sami Storch vem aplicando nos processos do direito de família que atua, mediante anuência das partes, a constelação familiar.

A constelação familiar é um tipo de terapia breve, que se utiliza da ciência fenomenológica, para demonstração das leis do amor (pertencimento, ordem, equilíbrio).

De forma que a postura dos envolvidos são demostradas por meio dessa técnica!

CONSCIÊNCIA, INTELIGÊNCIA E SABEDORIA SISTÊMICA

Consciência sistêmica é quando o estudante da técnica conhece as leis sistêmicas, começa a entendê-las e toma a decisão de praticá-las em sua própria vida.

Inteligência sistêmica é quando o estudante passa a entender e praticar efetivamente no seu dia a dia as leis sistêmicas, sua forma de agir, se baseia nesse movimento, de forma que, tudo começa fazer parte de sua vida.

Sabedoria sistêmica é quando o estudante já internalizou as leis sistêmicas e age naturalmente com base em tais conhecimentos, conseguindo perceber as dinâmicas que estão atuando em todas as relações que costuma interagir em seu dia a dia.

Como se viu, o advogado para trabalhar com o direito sistêmico é necessário que entre em um processo de autoconhecimento e que pratique as leis sistêmicas em sua própria vida.

De forma que se tornar um advogado sistêmico e conseguir atender o seu cliente com esse método é uma construção diária.

Você acha que é importante que o advogado tenha essa vivência?

COMISSÕES DO DIREITO SISTÊMICO NAS OAB’S

Apesar de o DIREITO SISTÊMICO ser um assunto novo para a ADVOCACIA tem percebido uma anuência bem considerável da Classe, já que praticamente todas as seccionais do Brasil criaram a Comissão do Direito Sistêmico em seu Estado.

Essa premissa demonstra que o DIREITO SISTÊMICO foi introduzido do BRASIL e veio para ficar como um novo meio de Resolução de Conflitos Jurídicos.

E você, o que acha dessa nova forma de Resolução de Conflitos?

O QUE É CONSTELAÇÃO FAMILIAR? ESSE ASSUNTO É APLICÁVEL AO DIREITO?

CONSTELAÇÃO FAMILIAR

Ursula Frank, em seu livro, Quando Fecho os Olhos Vejo Você, conceitua a Constelação Familiar, como sendo “uma forma de terapia breve, orientada pelas soluções. Traz à luz, de forma rápida e precisa, as dinâmicas que ligam o cliente de uma forma disfuncional ao seu sistema de referência, que o limitam em suas possibilidades de ação e desenvolvimento pessoal, impedindo-o de estrutura a sua vida de uma forma positiva”.

Bianca Pizzato, em seu livro, Constelações Familiares na Advocacia, registra que “As constelações familiares são um método de solução de conflitos que perfeitamente se adaptam ao compromisso e ao dever do advogado de estimular a conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos (art. 3º, § 3º do CPC) e, assim, não caracterizam outra atividade alheia da advocacia.”

Esses conceitos demonstram que o uso das constelações familiares tem o objetivo de facilitar a compreensão do cliente quanto a sua forma de agir dentro do conflito com base em alguma disfunção que possa ter ocorrido no sistema familiar.

É importante ressaltar que todo sistema familiar é disfuncional; não conhecemos nenhum sistema que não tenha questões a ser resolvidas; tomar conhecimento das dinâmicas que gera um determinado padrão do sistema familiar de origem é um ato libertador, digo isso, por experiência própria.

De forma que, conhecer as dinâmicas do próprio sistema de origem garante, sem sombras de dúvidas, a diminuição dos próprios conflitos!

FENOMENOLOGIA

Segundo Rupert Sheldrake, “Os campos perceptivos constituem uma espécie de campo mórfico. Estes campos perceptivos têm sua raiz no cérebro e são afetados pelos padrões de atividade dentro do cérebro, mas se projetam para fora de modo a nos ligar ao mundo que percebemos ao nosso redor...”

A constelação familiar trabalha justamente com a percepção do campo mórfico, onde utiliza de pessoas para representar o sistema familiar de um cliente que esteja com algum conflito.

O que isso significa?

Significa que nós seres humanos quando nos colocamos em uma posição de não julgamento, de não interesse de ajudar, podemos sentir em nosso corpo, algumas percepções e sensações que podem ser explicadas por esse tal campo mórfico.

Significa que o nosso corpo tem uma inteligência muito pouco observada e que tem o poder de acessar esse campo mórfico e nele trazer informações sobre o sistema familiar daquele que está sendo representado.

Eu entendo que seja difícil a compreensão dessas sensações e percepções.

Isso pode ser explicado por ter em nossa maioria sido criados para pensar e não para sentir, portanto, não desenvolvemos de forma satisfatória essa forma de percepção, entender que tais sensações e ainda compreender que elas podem nos trazer muitas informações é um ato realmente desafiador.

De qualquer forma, tudo que é novo, é desafiador!

Ter a coragem de enfrentar essas novidades é simplesmente belo!

Conhecer o que as constelações familiares, com o uso da fenomenologia, podem nos trazer benefícios incríveis!

Confesso que tenho experimentado, em minha própria vida, essa forma de percepção para compreensão dos meus próprios conflitos, efetivamente há cerca de 3 anos, e sinto ser a conquista da liberdade real!

O que vocês acham dessa forma de buscar a solução dos próprios conflitos?

APLICAÇÃO DO DIREITO SISTÊMICO

O Direito Sistêmico vem sendo praticado, em sua maioria, nos conflitos do Direito de Família, por estar ligado ao sistema familiar principal do ser humano.

Em Goiás, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás ganhou prêmio em por esta atuação em 2015.

Em 2019, o TRT 18ª Região, em Goiânia, pelo comando da Dra. Wanda Lúcia Ramos iniciou um projeto para observar as dinâmicas sistêmicas dos advogados, onde fui umas das participantes voluntária do projeto.

Em 2020, o projeto está criando uma nova roupagem passando para um formato de grupo de estudo.

Aplicar o direito sistêmico é uma forma de minimizar as consequências dos conflitos jurídicos.

COMO FUNCIONA O ATENDIMENTO SISTÊMICO?

TIPOS DE ATENDIMENTO SISTÊMICO

O atendimento sistêmico inicia geralmente com a percepção do advogado ao tomar conhecimento do conflito que lhe é trazido, por meio da escuta ativa e perguntas.

Na ocasião o advogado pode esclarecer sobre essa nova técnica e se o cliente se sentir confortável, pode ser utilizado alguns tipos de ferramentas, podendo ser por meio de representações com bonecos ou âncoras de solo.

Nas representações, o cliente tem a possibilidade de sentir a percepção do campo mórfico e com isso aumentar a sua consciência da origem do conflito e podendo estabelecer uma nova forma de ser resolvido.

No atendimento sistêmico, o advogado deixa a solução para o próprio cliente, ele que toma a decisão de como vai proceder para chegar numa melhor solução.

De forma que ela atua na condução da demanda, mas a solução do conflito fica para o cliente.

Isso é uma forma bastante interessante porque faz o cliente refletir sobre a própria situação, libera as suas emoções quanto ao conflito, podendo ressignificar a forma de enxergar o problema e assim realmente promover uma decisão que se sinta confortável em realizá-la.

É importante registrar que nem todos os conflitos são necessários o uso de ferramentas para o atendimento, porque muitas vezes, uma simples conversa é suficiente para promover esse entendimento e acontecer a solução.

O atendimento sistêmico para a solução dos seus conflitos jurídicos é bastante sútil.

COMO O ADVOGADO SE COMPORTA NO ATENDIMENTO SISTÊMICO?

ORDENS DA AJUDA

O advogado somente consegue ajudar efetivamente o seu cliente se permanecer no seu lugar!

Qual é o lugar do advogado?

O advogado é o conhecedor das leis e do processo. Ele que tem a expertise de conduzir a demanda, todavia, o maior conhecedor do conflito é o cliente.

O cliente que sabe exatamente o que aconteceu para chegar ao ponto de ter que acionar o Judiciário para a resolução daquele problema.

De forma que, quando o advogado toma o problema como se fosse seu, está na verdade saindo do seu lugar de condutor da demanda, o que acaba ferindo as ordens da ajuda.

Nesse caso, o advogado retira a autonomia do cliente, que é o único conhecedor pleno do conflito.

Essa forma de trabalhar, tomando para si o problema, como se fosse do advogado, acaba deixando o trabalho bastante pesado, gerando um sentimento de exaustão.

E, ainda, faz com que o cliente se sinta mais vulnerável diante do problema e, ao mesmo tempo, gera uma sensação de alívio por haver transferido a solução do problema para o advogado.

O uso da abordagem sistêmica para a resolução dos conflitos na justiça é uma nova forma de fazer o direito!

Assim, o advogado permanece apenas na condução da demanda, sem pegar para si o conflito, apenas ajudando o seu cliente encontrar a melhor solução.

COMO SE DÁ O EXERCICIO DA ADVOCACIA SISTÊMICA?

POSTURA DO ADVOGADO

Para o exercício da advocacia sistêmica se faz necessário que o advogado desenvolva as suas competências relacionais, de modo que, passa utilizar o atendimento humanizado não apenas como um caminho para a solução de conflitos e demandas jurídicas, com base no próprio Código de Processo Civil, prima principalmente pela autocomposição e pacificação.

Com esse olhar, o advogado passa a ser gestor apenas da demanda jurídica, já que o gerenciamento do conflito permanece com o cliente que é levado para a compreensão da raiz do problema, de forma que, passa a ter o entendimento capaz de levar a autocomposição e pacificação.

O advogado sistêmico faz uso das ferramentas e técnicas sistêmicas nos escritórios de advocacia, mas respeitando as diretrizes e normas do código de ética e disciplina da categoria, bem como a sua a identidade profissional e a competência profissional.

O advogado sistêmico apenas facilita a ampliação da consciência do cliente diante do problema, onde apresenta no momento do atendimento a percepção sistêmica.

OS PRIMEIROS PASSOS PARA SE TORNAR UM ADVOGADO SISTÊMICO

1) Solucionar emaranhamentos próprios;
2) A melhor condução é a partir da última posição;
3) Ajudar em harmonia com um destino difícil;
4) Renunciar a diferenciação entre bom e mal;
5) Atuar com empatia sistêmica;

“Definições segundo o Modelo de Gestão da Advocacia Sistêmica, disponível em www.advocaciasistemica.com.br acessado em 20/06/2020”

Para atuar na advocacia sistêmica, o advogado sistêmico primeiramente tem que se trabalhar, por meio, do autoconhecimento.

Trata-se do desenvolvimento de novas habilidades, novas formas de atuação, onde somente consegue, se atingir o seu próprio lugar, por isso, o conteúdo que abordou a consciência sistêmica, inteligência sistêmica e sabedoria sistêmica representam os passos para se atuar por meio dessa nova abordagem.

COMO FUNCIONA A ABORDAGEM SISTÊMICA NO DIREITO? QUAIS AS HABILIDADES QUE O PROFISSIONAL PRECISA TER PARA ATUAR DE FORMA SISTÊMICA? A OAB APOIA ESSA FORMA DE OLHAR O DIREITO?

POSTURA DA PARTE

Quando o cliente resolve procurar o advogado é porque não conseguiu resolver por conta própria a solução daquela situação, portanto, chega no escritório, com o desejo de entregar o problema ao advogado para que assuma a resolução total daquele conflito.

Geralmente, o advogado assume esse encargo, entendendo ser sua obrigação, já que uma das motivações do operador do direito é ajudar! Ocorre que receber todo esse encargo torna-se muito pesado ao advogado e também tira a autonomia do cliente na solução da sua demanda.

O advogado sistêmico deixa com a parte a solução do conflito, gerenciando apenas o processo, todavia, trabalha com o cliente, por meio das ferramentas sistêmicas, as diversas visões sobre a questão, trazendo meios para o que próprio cliente consiga entender o problema e chegar a solução, por decisão própria.

Com essa postura, o cliente continua com sua autonomia na solução do problema, sentindo forte ao final da questão.

POSTURA DO JUIZ

Não é de hoje que os Juízes Brasileiros se encontram com um grande acúmulo de serviços! De forma que a Justiça vem procurando novos meios para dar vazão maior as demandas que são recebidas diariamente pelos Tribunais dentro do País.

Com isso, alguns Juízes, também, estão aderindo essa nova forma de atuação para o direito, com utilização da ferramenta sistêmica.

Aproveito para citar o Juiz Sami Storch que iniciou essa nova maneira de atendimento em sua Comarca no Estado da Baiha.

Em Goiânia, a Juíza Wanda Lúcia Ramos da Silva vinha realizando um maravilhoso trabalho junto com outros Juízes do Trabalho, Técnicos do Judiciário e Advogados, tudo, para a construção dessa nova maneira de olhar para a Justiça.

No trabalho são realizados estudos teóricos e, antes da pandemia que estamos vivenciando atualmente, havia exercícios práticos com apresentação de algumas demandas levadas pelos advogados.

A Dra. Wanda Lúcia, também, promove algumas ações, dentro da própria Vara em que atua, quando sente o ambiente propenso.

No geral, quando tem a oportunidade de aplicar a técnica, recebe resultados positivos.

A postura do Juiz que atua com a vertente sistêmica torna-se mais conciliadora, respeitando de forma igual todas as partes envolvidas e, no geral, se posiciona como um operador do direito que recebeu um encargo, por meio de seu conhecimento técnico, de decidir sobre um conflito.

COMO SE EXPLICA A FORMA DE ATUAÇÃO DO ADVOGADO COM A ABORDAGEM SISTÊMICA

DONO DA DEMANDA

Quando o advogado atua com a abordagem sistêmica pega para si apenas a demanda, já que é contratado justamente para conduzir o processo em decorrência de seu conhecimento técnico.

Então o dono da demanda É O ADVOGADO!

DONO DO CONFLITO

Quando o trabalho é desenvolvido com a abordagem sistêmica, o advogado sabe que é dono apenas da demanda e NÃO DO CONFLITO, sendo que esse permanece com o CLIENTE?

Então o dono do conflito É O CLIENTE!

Na relação cliente e advogado, o cliente é o único CONHECEDOR de tudo que aconteceu para gerar a demanda jurídica e não o advogado.

Nessa condição o cliente passa ser mais respeitado, acolhendo os seus sentimentos, mas permitindo que ele promova a melhor decisão para o conflito.

O advogado passa escutar mais o cliente, já que para o exercício de uma boa demanda, precisa conhecer melhor o conflito, sob a ótica do cliente, assim, promover as intervenções necessárias para melhor compreensão do conflito, com o olhar em todas as partes envolvidas.

MOVIMENTOS DA JUSTIÇA DO TRABALHO COM DIREITO SISTÊMICO

Em Goiânia, a Dra. Wanda Lúcia Ramos da Silva, Juíza da 16ª Vara do Trabalho de Goiânia, em algumas audiências trabalhistas, promove intervenções sistêmicas, quando percebe que a demanda levada em Juízo está buscando o olhar para as Leis do Pertencimento, da Hierarquia e do Equilíbrio.

No geral, quando tem a oportunidade de aplicar a técnica, recebe resultados positivos.

Em Goiás, a Dra. Andressa Carvalho, idealizadora, junto com o Dr. César Silveira, titular da Vara do Trabalho de Goiás, desenvolvem também um projeto de conciliação, por meio do acolhimento das partes, cujo resultado está sendo bastante positivo e com grande satisfação dos participantes.

ALGUNS TIPOS DE CONFLITOS QUE DEMONSTRA DINÂMICAS SISTÊMICAS

Empresa

Quando:

- uma empresa não reconhece o valor das pessoas que iniciaram o negócio;
- uma empresa não honra o primeiro produto que foi o iniciador do negócio;
- uma empresa não reconhece a importância de todos os participantes daquele negócio (sócio, produto, colaborador, fornecedor e cliente)
- quando é cometida alguma injustiça a algum dos participantes do negócio;

Colaborador

Quando:

- quando algum colaborador não se sente pertencente àquela empresa;
- quando algum colaborador não tem reconhecida sua competência dentro daquilo que foi contratado;
- quando não é obedecida a hierarquia de entrada na empresa e de competência;
- quando não há equilíbrio entre a entrega do serviço e a contraprestação;

Pessoas:

Quando:

- quando um sócio ou colaborador possui conflitos e exigências com o pai e/ou com a mãe, geralmente, acaba transferindo essa dificuldade para a empresa que exerce as suas atividades;
- quando o sócio ou colaborador não se sente pertencente, ordenado e equilibrado dentro do seu sistema familiar de origem;

Justiça

Quando a demanda chega ao judiciário com as partes envolvidas carregadas de muita emoção, no geral, muita raiva, decepção e tristeza!

Operadores do Direito

Quando o operador do direito toma o conflito com se fosse seu!

Esses são apenas alguns exemplos de como se dá atuação da advocacia com a abordagem sistêmica, observando o comportamento dos participantes para a solução do conflito jurídico.